buraco na cabeça.

hoje, nesse momento, quero morrer mais uma vez.

a faca foi trocada por punhos.

o sangue não escorre.

my love....

Quando nos embalam com canções de horror,
Gritos e gargalhadas como quem tortura por prazer.
Em braços quentes meu corpo se entrega
Como se fosse para fugir de quem me quer.
Minhas mágoa passadas ainda tão recentes
São ditas por velhos fantasmas doentes,
Pois se alimentam de meu pranto,
Se deliciam com minha curiosa dor
De não poder sair sem pedir licença.
Somos prisioneiros de seres esquálidos,
Torturados por desejos que ainda reclamam
Pela vida prometida por soberanos,
Que ainda hoje me parecem tristes enganos.
Somos marionetes em mãos funestas
Quem em fúria mais imunda me quer matar
São assombrações gozadas que dançam
Com vários corpos que não podem te olhar.